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27. POR QUE, AINDA, FALAR DO PORQUÊ? (Jornal de Brasília – 28 de novembro de 2017. p. 20)

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POR QUE, AINDA, FALAR DO PORQUÊ?

Muita gente pede pra escrever sobre vários temas aqui no Mandando a Letra. A diferença entre os casos de uso do porquê é um dos mais pedidos. Então, se tem gente pedindo, é porque se faz necessário. Vamos lá.

Porquê
Comecemos pelo que considero mais fácil de compreender e de usar. Você vai escrever “porquê” quando for substantivo. O comportamento do substantivo é marcado pela utilização de algo chamado determinante. Isso pode ser um artigo, um numeral ou um pronome.

Alguns sinônimos desse substantivo podem ser “motivo”, “razão”, “causa”. Exemplos em uma frase: “A azia era o porquê de ele não comer molho de tomate”. “Esse foi um porquê de ele ter faltado ontem”. Lembre-se de que substantivos flexionam e concordam em número: “Alguns porquês me levaram a negar o pedido dela”.

Porque

Esse que se escreve igualmente junto mas sem o acento circunflexo na última letra serve para apresentar uma resposta. É mais conhecido por ser utilizado no início de uma frase em que se responde. Nada mais é do que a conjunção causal, ou seja, é o que significa o motivo pelo qual ocorre algo.

Vamos aos exemplos: “João reclamava muito porque sua irmã deixava o quarto bagunçado”. “– Por que você não me disse? – Porque você não perguntou”.

Por quê 
Depois que se percebe bem a utilização prática dessa forma, também fica mais fácil de se lembrar. Nesse caso, o “quê” é considerado tônico, por isso leva o acento. Daí, seu uso fica restrito a fins de frases, sejam elas de pergunta ou não.

Vejamos casos em que o quê é acentuado: “Ele terminou com a namorada por quê?”; “Mais uma vez, sem dizer por quê, ele me ofendeu”.

Por que
Talvez esse seja o caso mais complexo, mas não quer dizer que seja difícil. É bom lembrar logo que, em um questionamento no início de frase, vai entrar essa grafia: “Por que o jogo começou tão tarde?”. “Por que você não trouxe meu presente?”.

O segundo caso, que pode parecer mais complicado, mostra que está subentendida palavra como “motivo”, “razão”, “causa” ou “circunstância”. Vejamos: “Ele não explicou por que (motivo) desligou a tevê”. Mesmo que a tal palavra fique evidente, também se escreve separado: “O mecânico mostrou por que razão o carro quebrou”. Por fim, utilize como sinônimo de “pelo qual”, “por qual” ou similares: “Gosto muito de massas, razão por que escolhi lasanha no almoço”. Com a prática, isso vai se fixando na cabeça da gente. Boa sorte!

Pelo link abaixo, você consegue baixar, gratuitamente, a página em PDF no site do Jornal de Brasília:

https://cdn-acervo.sflip.com.br/temp_site/issue-5807-f22711efc66e3d8fb9bcda65745330a1.pdf

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