Sim, a polêmica sobre a grafia de paraolímpico, utilizada não somente pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, mas também, amplamente, pela imprensa na cobertura dos jogos… Ler mais »É PARAOLÍMPICO, CARAMBA!
Por conta do lançamento da Coleção Entrelinhas, estive no encerramento do 5º Seminário Acadêmico de Letras, preparado no IFB São Sebastião pela querida amiga e professora Luciane Lira, e uma grande equipe. A mesa de encerramento se chamou “A poética brasiliense” e foi composta por Tatiana Nascimento, Marina Mara e Meimei Bastos. Já cheguei do meio pra frente, e a metade que peguei me deixou triste por não ter acompanhado o início. Uma força, uma segurança, uma vida. Quero passar um pouco pra vocês disso tudo.
Meimei e o autoconhecimento
Quando cheguei, falava Meimei Bastos. Ela é uma poetisa da periferia do Distrito Federal que tem perfeita noção do impacto que suas palavras trazem àqueles que têm contato com elas. Não somente isso, mas declara ser importante que pessoas como ela possam produzir textos e poemas de acordo com sua visão e sua vivência de mundo.
Em sua apresentação, Meimei enfatizou que sua produção literária não pode fugir da “quebrada”, forma como se chamam em algumas regiões do país os locais mais periféricos, as favelas, os ambientes mais marginalizados. Lá tem gente, lá tem cultura, lá tem conhecimento. É o real, como ela mesma disse, para muita gente.
Tatiana e a coragem
Depois vi a Tatiana falando e trazendo uma tranquilidade para aqueles que têm vontade de escrever e mandar adiante suas ideias, suas palavras, suas impressões, seus sentimentos. Ela enfatizou que não precisamos mais ficar reféns de editoras e destacou seu projeto em que ensina aos autores a produzirem seus próprios livros.
Você pode conhecer mais da Tatiana Nascimento no site com seu nome, fácil de encontrar na internet, e no Palavras Pretas, em que destaca textos de mulheres negras e também da periferia. Nas palavras dela, você também reforça que para produzir textos eivados de seu próprio sentimento só depende de você.
Marina Mara e a esperança
Sabe o que Marina Mara fez que me deixou certo de que as palavras e a poesia têm uma força tão grande como uma procela? Largou um serviço público (que, aliás, parece ser objetivo da maioria dos jovens aqui deste quadrado em que vivemos) para dedicar-se exclusivamente à produção de seus textos e poesias, e vários projetos em torno disso.
Ela coordena trabalhos que levam poesia a vários lugares e espalha sentimentos em forma de palavras a uma infinidade de pessoas dentro e fora de Brasília.
Com esses exemplos, temos um desafio: pela força da palavra e da poesia, buscar autoconhecimento, coragem e esperança. A internet tem coisa boa: por ela, você encontra essas doces e intensas figuras facilmente. Vai lá.